O sigilo profissional na terapia é uma grande vantagem para o paciente.
Regido pelo código de ética da Psicologia, esse sigilo é uma questão de confiabilidade, permitindo que o paciente converse sobre sua vida íntima com a certeza de que essas informações serão tratadas com respeito e não serão compartilhadas com ninguém.
O código de ética da psicologia é bem claro quanto a esse assunto e, no mais, o profissional sabe que, para que o paciente se sinta confortável em compartilhar as informações, precisa sentir-se amparado quanto ao sigilo. Do contrário, o tratamento não terá o resultado esperado.
O psicólogo compreende que, para o paciente se sentir confortável ao revelar algo privado, ele precisa da garantia de um lugar seguro para falar sobre o que quiser, sem medo de que a conversa saia daquele contexto. A este profissional, cabe a responsabilidade de transmitir essa segurança.
Mas, o que diz o código de ética sobre o sigilo profissional na terapia?
Segundo O Código de Ética Profissional do Psicólogo, apoiado nos valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o psicólogo deve ter suas atividades pautadas com base em respeito e na promoção da integridade, na liberdade e igualdade do ser humano, ou seja, princípios fundamentais.
Além disso, é de responsabilidade do psicólogo:
- Ser ético;
- Ter um relacionamento adequado com seus clientes e a sociedade;
- Ter como objetivo a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas e coletividades;
- Ter seu papel colaborando para eliminar a violência, a negligência, a exploração, a opressão, a crueldade e a discriminação em quaisquer formas.
Exceções para o sigilo
O psicólogo está comprometido com o sigilo profissional. Contudo, existem ocasiões onde há exceção:
Quando for necessário transmitir informações sobre o atendimento em relatórios, audiências judiciais ou outros profissionais. Neste caso, as informações transmitidas deverão ser limitadas somente ao que tange à tomada de decisões que afete o paciente.
Quando falamos de terapias para crianças e adolescentes, o sigilo profissional na terapia funciona de forma diferente, a princípio, pois os pais participam das primeiras sessões ao lado dos filhos pequenos. O objetivo é criar um vínculo e transmitir a sensação de confiança.
Normalmente, as únicas informações compartilhadas entre pais, psicólogos e filhos se referem a atividades de risco nas quais a criança pode estar envolvida. No mais, tudo fica sob sigilo, a depender das regras estabelecidas em conversas formais entre profissional, paciente e responsável.
Compartilhamento de informações sem consentimento – existe?
O psicólogo não é obrigado a compartilhar informações confidenciais e quebrar o sigilo profissional na terapia. Contudo, ele pode optar por isso, quando:
- Há alguma suspeita de risco à vida do paciente ou mesmo de terceiros.
- No caso de violência doméstica, negligência ou abuso de incapazes.
- Em caso de ordem judicial, caso o paciente tiver sua saúde mental questionado em algum processo.
No mais, o sigilo profissional é a regra que impera sobre os tratamentos psicólogicos.
Fique tranquilo em relação à confidencialidade das suas informações. Elas estão devidamente protegidas e não existe razão para se preocupar. Sinta-se à vontade para conversar com o psicólogo sobre a sua vida. Somente assim a terapia terá efeitos sólidos.
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