Olá.
Um prazer ter você por aqui.
Na primeira postagem deste blog quero dizer que vou trazer ideias, experiências e questionamentos sobre aspectos dos meus livros “Obesidade infantil: aspectos emocionais e vínculo mãe/filho” (Ed Revinter) e “Obesidade e sofrimento psíquico: realidade, conscientização e prevenção” (Ed Fap-Unifesp).
Também preciso deixar claro que para tentar expressar minhas formas de pensar, criarei histórias e cenas imaginárias. Portanto, os exemplos sobre as situações que mencionarei em minha postagens serão fictícios.
Por quê escolhi falar de “obesidade”?
Tenho recebido em meu consultório muitas pessoas que estão em sofrimento – aparentemente pela questão do peso, sobrepeso, obesidade e outras também pelo corpo magro que se recusa a engordar. Também me procuram aquelas com outros tipos de sofrimento que nem sempre são ligados diretamente ao físico.
Mas o corpo vem em cena – e encena, muitas vezes, tudo que a mente gostaria de pensar, mas não pensa e, por não poder pensar, atua.
Come-se muito, sem se perceber, sem se sentir, sem poder parar.
Também come-se muito pouco; não há fome, ou ela passa desapercebida e quando se vai ver…passaram tantas horas e nada foi ingerido…
Em meus livros comentei bastante sobre o que percebi em muitos anos de estudo em atendimentos com jovens, mulheres, homens, crianças e adultos, mães e filhos, casais e famílias, sobre alguns modos de funcionamento psíquico presente nos casos de obesidade, mas não de exclusividade destes.
Tenho estudado este e outros temas relacionados desde 2000 até hoje.
Durante este percurso fiz Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, na Universidade Federal de São Paulo/Unifesp, e permaneço aprofundando e atualizando meus conhecimentos, percepções e emoções.
Muito do que eu pensava quando os escrevi, hoje não penso mais e em alguns casos penso muito diferente. Outras ideias permanecem.
Este é um dos tópicos que acho importante salientar – poder sempre rever e reeditar ideias, pensamentos, experiências, sentimentos e compartilhar esta vivência e aprendizado.
Ter a chance de ajudar, e ajudar – de fato – me deixa muito feliz.
Também vale ressaltar que, com certeza, este tema vai se ampliar muito e será inevitável, tanto quanto prazeroso, aprofundar e enriquecer os assuntos, pois nada finda no “peso do corpo”, muito pelo contrário…é onde tudo começa…
Pois, como dizia o velho e bom Freud, em “O Ego e o Id”: “…o ego é antes de tudo um ego corporal e sua estruturação tem o corpo como veículo” (Freud, 1923, p 40).
Freud coloca que o ego resulta das sensações que se originam na superfície do corpo … a pele ensina o ego a pensar.
Imaginem que as experiências que tivemos e sentimos através dos cuidados com nosso corpo foram nos ensinando a pensar… Isto faz sentido para você?
E como este texto é apenas o início, volto depois para continuar.
Até breve!
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